segunda-feira, 20 de abril de 2009

A Iniciativa (da) Privada na Educação


Como fazer para abrir uma escola?
Fala-se muito mal das escolas públicas no Brasil. Porém, o que vem acontecendo é uma generalizada cafagestagem na Educação Brasileira, quando se fala de colégios particulares. Hoje, no município de Paulista, uma instiuição de ensino privada paga apenas 50% de imposto. À primeira vista parece ótimo, se não fosse a total falta de preparo e qualificação dos donos desses colégios. Faltam salas aconchegantes, falta lixeira nas salas de aula, falta critério na prática pedagógica, falta planejamento. Falta tudo. O que não falta é exploração do corpo docente. Os professores se formam em precárias condições na Universidade Pública (o sonho de qualquer estudande) e quando saem, lhes resta receber 6 reais a ahora/aula; sem carga horária preenchida; sem direito de carteira assinada; sem férias; sem FGTS; sem vergonha e sem reclamar! Os direitos de correção de prova, esses passam longe. Lembro de Piaget, Vygotsky, Paulo Freire, Manoel Correia de Andrade. Em seguida imagino vocês, pseudo-educadores, mais justamente chamados de micro-empresários ou "piratas da educação", apresentando um seminário sobre "A educação crítica e seu Compromisso com a autonomia de pensamento" ou então "A prática crítico-educativa proposta pela educação libertadora". Como seria? Será que "empresários" cumprem realmente o papel de educadores? Quanto custa o kit escolar do seu filho, incluindo fardamento, livros e a aprovação no final do ano letivo? A oferta é tentadora! "Educação Fast food". É triste, mas é a realidade. A iniciativa vem da privada. Se as escolas públicas não funcionam, as particulares não funcionam e ainda enchem diretamente o bolso de mercenários disfarçados de construtivistas. Um dia fui falar em construtivismo com uma dona de escola. Ela disse: "Acabe com essa conversa! Minha escola é conservadora!" Que saudade dos livros! Enquanto penso nessa problemática da "mais-valia pedagógica", sinto saudade deles. Esses me fizeram crer em agentes transformadores do espaço geográfico e inimigos fortes do sistema econômico vigente. Eu até gosto daqueles sonhos. Lá eu sou revolucionário, um motivador da liberdade. Lá o povo está do meu lado.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

A história das coisas



Mais de dois milhões de pessoas já assistiram a esse pequeno documentário. Recebi o endereço desse vídeo através de um amigo. Depois de assistir senti-me contemplado com todo o enredo do vídeo e com a forma com que é comduzido pela apresentadora ativista Annie Leonard. É um documentário bastante didático e consegue sistematizar a forma que o modo de produção capitalista degrada o meio ambiente. Meu trabalho de conclusão de curso na UFPE abordava o mesmo tema, porém, na ocasião, apresentava o Ecossocialismo como solução para uma sociedade mais saudável no âmbito ambiental e socialmente mais justa. Enfim, espero que gostem de "The Story of Stuff" ou "A História das Coisas", como foi traduzido em português. Precisamos romper com esse sistema capitalista falido, que só concentra renda e esgota as forças da terra e do trabalhador. Um Abraço aos amigos (com exceção dos reacionários).

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Minha Resposta ao Jornalista Paranaense Alex Gutemberg

Aí vai minha resposta ao Jornalista Xenofóbico, Alex Gutemberg. Quem ainda não leu seu texto falando do Nordeste, aí está o link: http://portaldovale.blogspot.com/2007/03/jornalista-esculhamba-o-nordeste-e.html

Resposta ao jornalista paraense Alex Gutemberg

Senhoras e senhores. Estamos diante de uma das maiores aberrações do sentimento humano: a XENOFOBIA! Este rapaz que escreveu esse texto não tem a menor bagagem para analisar o problema das disparidades regionais de forma abrangente, considerando o capitalismo como sistema concentrador de renda e produtor de um espaço desigual, contendo áreas de repulsão e de atração. Quando ele nos chama de "estranhos" está se referindo a um povo revolucionário, dono de uma história marcada por luta. Tudo bem, temos conterrâneos conservadores? Sim, isso não resta dúvida. Nosso ambiente é mal cheiroso? Sim, alguns. Inclusive os que não fedem, "serve" para itinerários turísticos dos ricos de todo resto do país. Portanto, Como podemos ver em qualquer parte do Brasil, aqui também existe violência, miséria, atraso, dentre outras mazelas. Nossa história foi escrita através de muito sangue? sim, óbvio, fazemos parte de uma nação que foi construída sob o sentimento liberal dos europeus, que já consideravam o lucro e a exploração dos mais "fracos" como inerente ao seu desenvolvimento. Mas calma. Vamos recordar o que foi dito por esse rapaz: "O que os portugueses fizeram com o povo da região, durante 4 séculos, foi criminoso. Usaram as índias. Ou melhor, estupraram as índias aos milhões e depois as pobres negras escravas." Se analisarmos o problema de forma geral, vamos lembrar que o nordestino migrou e ainda migra para o Sudeste em busca de trabalho, justamente porque o Estado não cumpre com o seu papel, além de concentrar os meios de produção nas mãos de uma oligarquia pequena. A estrutura fundiária do Nordeste padece nos latifúndios dos mesmos senhores da colonização. Plantation ainda é comum. E de quem é a culpa? Quem é que fede de fato nessa história? O povo nordestino ou a elite reacionária do Brasil que insiste em deter a riqueza e explorar a mão-de-obra no campo e/ou nas cidades? Quem são esses coronéis citados no texto deste jornalista? Cansei de contar os "senhores gaúchos da soja" que ocupam o oeste baiano. Por isso vamos ter raiva de gaúcho? Sinceramente, registro aqui minha indignação diante de tal teoria. É uma pena que ainda existam pessoas assim. Problemas de auto-afirmação? Não acredito. Na verdade, está explícito que se trata de uma questão ideológica.






terça-feira, 22 de janeiro de 2008

A Geoestrutura do carnaval


Que marca de cerveja irá patrocinar o carnaval de Olinda?
Quem vai investir muita grana num abadá do carnaval baiano?

Quem vai pagar uma fortuna para assistir as escolas de samba do Rio de Janeiro?
Pois é. O carnaval é lírico, mas também é um grande negócio! Em uma das prévias, em recife, um garoto de 13 anos foi morto em meio à multidão. Uma morte só pra lembrar que somos um dos piores em infra-estrutura e distribuição de renda. De quem é a culpa? Dele! Porque era ladrãozinho. Em tempos de Capitão Nascimento... tortura nele!
E a EMTU?
Essa carrega o estandarte da picaretagem! Aproveitou-se das férias dos estudantes para empurrar um aumento de mais de 8% nas passagens!! Abram alas para Eduardo Campos! Que além de atuar mau nos transportes, ainda jogou espuma nos olhos dos professores. Belo concurso!
Resta-nos sambar.
E o povo negro na Bahia? O Principal responsável pela musicalidade baiana, ainda ocupa um lugar de destaque na avenida. Isso porque os burgueses fazem questão de mantê-los sempre unidos. Unidos e longe do cordão de isolamento.
É tudo lindo demais, passam troças, fantasias, carnavais. E no nordeste...
tudo em paz.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

O Homem e o ex-passo

A relação entre homem e seu espaço.
Seu compasso. passo a passo... passo a passo.
De repente o que era um passo passa a ser ex-passo,
e o espaço que não tinha nehum passo? agora é com passo. Abre-se o compasso.
Uma dinâmica de contribuir, retribuir. Mas nunca distribuir.
E tudo passa a ser espaço de poucos.
Em legítima propriedade!